9 de novembro de 2013

19 de novembro: Dia da Bandeira Nacional

 
A Bandeira
O verde e o amarelo entraram na nossa bandeira em 1822, num trabalho do francês Jean Baptiste Debret. O verde representava a Casa Real Portuguesa de Bragança, e o amarelo, a Casa Imperial Austríaca de Habsburgo. O losango foi uma homenagem de D. Pedro I a Napoleão. Após a proclamação da República, o Brasil adotou uma bandeira que copiava a americana, mas ela só durou 4 dias. A atual bandeira nacional foi projetada em 1889 por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares. No lugar da coroa imperial, eles puseram a esfera azul-celeste e a frase positivista “Ordem e Progresso”, escrita em verde.

Comemora-se o Dia da Bandeira em 19 de novembro, data em que ela foi oficialmente adotada, em 1889. Nesse dia, o hasteamento é realizado às 12 horas, em solenidades especiais.

A bandeira em mau estado deve ser entregue a uma unidade militar para ser incinerada no Dia da Bandeira.

Como símbolo da pátria, a Bandeira Nacional fica permanentemente hasteada na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Ao ser substituída, o novo exemplar deve ser hasteado antes que a bandeira antiga seja arriada.

Todos os dias, a bandeira precisa ser hasteada no palácio da Presidência da República e na residência do presidente; nos ministérios; no Congresso Nacional; no Supremo Tribunal Federal; nos tribunais superiores e federais; nos edifícios-sede dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; em repartições consulares; em repartições federais, estaduais e municipais situadas na faixa da fronteira; e em unidades da Marinha Mercante. Deve ser levada nas missões diplomáticas e em delegações com organismos internacionais. O hasteamento e o arriamento podem ser feitos a qualquer hora do dia ou da noite, mas, tradicionalmente, a bandeira é hasteada às 8 horas e arriada às 18 horas. Quando permanece exposta durante a noite, ela deve ser iluminada.

Nenhuma bandeira de outra nação pode ser hasteada no País sem que haja, ao lado direito dela, em igual tamanho e em posição de destaque, a Bandeira Nacional. São exceções, as embaixadas e os consulados.



 As Bandeiras de todos os estados

Acre


A bandeira do Acre é dividida em duas partes. A superior é amarela (paz) e a inferior, verde (esperança). No canto superior esquerdo, está a chamada “estrela solitária”, que representa o sinal de luz que guiou os defensores da incorporação do Acre ao Brasil. José Plácido de Castro escolheu esse projeto, à época revolucionário, para homenagear o coronel Rodrigo de Carvalho, dirigente das últimas revoluções ocorridas no Estado. A bandeira foi oficialmente adotada pelo governador Epaminondas Jacome.

 

Alagoas
 
As cores da bandeira de Alagoas foram inspiradas nas cores tradicionais do folclore local, com a adição do escudo da província no centro.

 







Amapá

O azul da bandeira representa a justiça e o céu. O verde, as matas, a esperança, o amor, a liberdade e a abundância. O amarelo, a fé, a união e a riqueza do solo. O branco, a pureza, a paz e o desejo do Amapá de viver com segurança. O preto simboliza o respeito a todos os que morreram em lutas no passado. A figura geométrica é uma referência à fortaleza de São José de Macapá, onde nasceu o Estado.

 


Amazonas

A bandeira do Amazonas foi adotada em 14 de janeiro de 1982. O retângulo azul contém 25 estrelas brancas; elas representam os municípios que compunham o território em 4 de agosto de 1897. A estrela maior representa Manaus. As duas faixas brancas simbolizam a esperança; a vermelha, as dificuldades vencidas.

 



Bahia

A bandeira da Bahia foi criada em 1798, durante a Conjuração dos Alfaiates. O triângulo é uma referência à Inconfidência Mineira. As faixas brancas e vermelhas evocam a bandeira dos Estados Unidos, cuja Declaração de Independência (1776) havia tido grande repercussão entre os brasileiros.

 




Ceará

A bandeira foi criada em 25 de agosto de 1922 pelo presidente (hoje seria o governador) do Estado do Ceará, Justiniano Serpa, tendo como inspiração a própria bandeira brasileira. Apenas o círculo do centro foi substituído pelo brasão da província. O brasão havia sido criado em 22 de setembro de 1897 pelo presidente cearense Antônio Nogueira Pinto Acioli.

 

Distrito Federal
 
A bandeira do Distrito Federal foi instituída em 26 de agosto de 1969. Seu criador foi o poeta Guilherme de Almeida, um especialista em heráldica. O fundo branco simboliza a paz, um escudo quadrangular abriga a cruz de Brasília. O verde e o amarelo representam a fidelidade aos símbolos nacionais.

 


Espírito Santo

A bandeira foi criada em 7 de setembro de 1909 por Jerônimo Monteiro. As três faixas horizontais, nas cores azul, branca e rosa, representam as vestes de Nossa Senhora da Vitória, padroeira do Estado. Também podem significar harmonia (azul), paz (branco) e felicidade (rosa). No centro da segunda faixa, está escrita em azul a frase Trabalha e Confia, de autoria de Jerônimo Monteiro. Ela foi inspirada na doutrina de Santo Inácio de Loyola: “Trabalha como se tudo dependesse de ti. Confia como se tudo dependesse de Deus”. Jerônimo havia estudado num colégio jesuíta em São Paulo. A bandeira foi regulamentada em 24 de julho de 1947 pelo governador Carlos Fernando.

Goiás


A bandeira goiana é formada por oito faixas. As quatro verdes simbolizam a mata; e as quatro amarelas, o ouro. O retângulo azul, representando o céu, tem cinco estrelas — a constelação do Cruzeiro do Sul, a que mais sobressai nos céus de Goiás. Ela foi instituída por lei no governo de João Alves de Castro, em 30 de julho de 1919. A bandeira de Goiás foi baseada num projeto de Joaquim Bonifácio de Siqueira.

 

Maranhão
 


A bandeira do Maranhão foi criada pelo poeta Joaquim Sousa Andrade e foi oficializada em 6 de dezembro de 1889. As faixas pretas, brancas e vermelhas simbolizam a mistura racial do povo do Maranhão e do Brasil. O quadrado azul no canto superior esquerdo representa o céu; e a estrela, o Estado.

 



Mato Grosso

  A bandeira foi criada em 31 de janeiro de 1890. O azul representa o céu do Mato Grosso; o branco, a paz; e o verde, a rica vegetação. A estrela simboliza o Estado e é da cor amarela por causa do ouro que atraiu os primeiros colonizadores.

 





Mato Grosso do Sul

Em 1º de janeiro de 1979, quando Mato Grosso se desmembrou em duas partes, o novo estado ganhou uma bandeira, que foi projetada por Mauro Michael Munhoz. Ela repete, em parte, as cores e a concepção da bandeira matogrossense. A estrela dourada representa o Estado no céu (a cor azul). A faixa branca, no centro, simboliza a esperança; o verde é um manifesto pela preservação da riqueza natural.

 

Minas Gerais

A bandeira mineira foi instituída em 8 de janeiro de 1963. Foi baseada na bandeira que, de acordo com os planos dos líderes da Inconfidência Mineira, seria adotada no País após sua independência de Portugal. Segundo Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, o triângulo central, que continha a expressão latinado à Guanabara, estabeleceu que a bandeira seria a mesma do antigo Estado. As cores azul e branca foram herança das cores tradicionais de Portugal. Segundo Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, o triângulo central, que continha a expressão latina “Libertas Quae Sera Tamen” (Liberdade Ainda Que Tardia), tirada de um verso de Virgílio, representava a Santíssima Trindade. Havia controvérsias sobre a cor do triângulo. Os historiadores diziam que ele deveria ser verde, a cor-símbolo da Revolução Francesa, que inspirou os inconfidentes mineiros. “Deveria”, porque, como se sabe, Tiradentes e sua turma não chegaram a concretizar a idéia. E, embora a bandeira não tivesse sido pensada para a revolução, mas para o novo país, a Assembléia Legislativa optou pelo vermelho, a cor-símbolo de todas as revoluções.

Pará


Em 16 de novembro de 1889, foi proclamada a República do Pará e, no ano seguinte, o Conselho do Estado aceitou a proposta de seu presidente, Arturo Índio do Brasil, de reconhecer a bandeira como a oficial da cidade de Belém. Algum tempo depois, a bandeira se tornaria o símbolo do Estado. Nela, o vermelho simboliza a vitória revolucionária, o valor e o sangue; e a faixa branca sugere um cinto planetário representando o zodíaco. Por fim, a estrela azul simboliza a constelação de Virgem.

Paraíba


A primeira bandeira do Estado tinha faixas horizontais em preto e vermelho. No centro, dentro de um círculo branco, havia um escudo com a data “5 de agosto de 1585” (data de fundação da capital), rodeado de estrelas que simbolizavam os municípios. Esse pavilhão durou pouco mais de duas semanas.
A atual bandeira foi uma criação do Partido da Aliança Liberal, que encabeçou a Revolução de 1930. Ela foi oficializada em 25 de setembro de 1930. O preto simboliza o duelo que terminou no assassinato de João Pessoa, o então presidente da Paraíba. O vermelho foi a cor escolhida para festejar a vitória revolucionária. Extinta pela Constituição de 1937, a bandeira voltou a ser adotada em 11 de junho de 1947.
O que significa o “nego” na bandeira da Paraíba?
A forma do verbo negar refere-se à decisão de João Pessoa, presidente da Paraíba em 1929, de não aceitar o sucessor indicado pelo presidente da República, Washington Luís. Um acordo entre São Paulo e Minas Gerais garantia que os presidentes viriam desses estados, em rodízio. Em 1929, o paulista Washington Luís quebrou o acerto, indicando outro paulista, o governador Júlio Prestes. Minas rebelou-se e recebeu apoio do Rio Grande do Sul. A Paraíba, que se considerava esquecida pelo governo federal, resolveu também rejeitar a decisão do presidente e se unir aos mineiros e aos gaúchos. Em julho, João Pessoa enviou uma mensagem a Washington Luís, protestando contra a decisão.
“Reunido, o Diretório do Partido, sob minha presidência, resolveu, unanimemente, não apoiar a candidatura do eminente Sr. Júlio Prestes à sucessão presidencial da República. Peço comunicar esta resolução ao leader da maioria em resposta à sua consulta sobre a atitude da Paraíba. Queira transmitir aos demais membros da bancada esta deliberação do Partido, que conto todos apoiarão com a solidariedade sempre assegurada. Saudações.”
O governador não usou exatamente a forma nego, mas ela ficou como um símbolo. Pouco depois da morte de João Pessoa, assassinado por motivos políticos em 26 de julho de 1930, os rebeldes propuseram a inclusão da palavra na bandeira. As alterações foram feitas em setembro de 1930, às vésperas da revolução que levou Getúlio Vargas ao poder.


Paraná


A bandeira do Estado do Paraná foi adotada em 9 de janeiro de 1892, sendo alterada em março de 1947 e novamente em setembro de 1990. Dentro de um retângulo verde, há uma faixa branca e uma esfera azul. A esfera representa a constelação do Cruzeiro do Sul na posição em que se encontrava em 29 de agosto de 1853, quando a província do Paraná foi criada. Dois ramos verdes seguem o contorno da esfera azul: um representando a erva-mate (esquerda); e o outro, o pinheiro-do-paraná (direita).

 

Pernambuco

Em 1817, Pernambuco viveu uma revolução que exigia o fim da monarquia. Os revolucionários passaram a usar uma bandeira feita pelo padre João Ribeiro de Melo Montenegro, professor de desenho do Seminário de Olinda. A pintura ficou a cargo de Antônio Álvares, e o alfaiate José do Ó Barbosa, capitão de milícias do Regimento dos Homens Pardos, costurou os retalhos que deram origem à bandeira, junto com a mulher, as filhas e o irmão, Francisco Dorneles Pessoa. A bandeira apareceu pela primeira vez em 2 de abril de 1817. No fundo, ela traz as cores tradicionais de Portugal: azul (céu) e branco (paz). A cruz representa a primeira designação do Brasil, Ilha de Vera Cruz. O arco-íris indica o começo de uma nova era. A estrela amarela na parte superior é o Estado de Pernambuco, iluminado pelo sol do futuro. Significa também que os pernambucanos são filhos do Sol e vivem sob sua influência.
Quando as tropas imperiais acabaram com o movimento, a bandeira foi esquecida. Apenas em 23 de fevereiro de 1917, Manuel Antônio Pereira Borba, presidente do Estado, transformou-a na bandeira oficial de Pernambuco.



Piauí

A bandeira do Piauí foi criada por uma lei de 24 de julho de 1922. O retângulo azul representa o céu, com uma estrela que simboliza o Estado. A sua união ao resto do País aparece nas faixas verdes e amarelas.

 






Rio de Janeiro

Em 23 de julho de 1975, a nova Constituição do Estado do Rio de Janeiro, que havia se incorporado à Guanabara, estabeleceu que a bandeira seria a mesma do antigo Estado. As cores azul e branca foram herança das cores tradicionais de Portugal.

 






Rio Grande do Norte

A bandeira foi criada por uma lei de 3 de dezembro de 1957, sancionada pelo governador Dinarte de Medeiros Mariz. Baseou-se em um projeto do folclorista Luís da Câmara Cascudo, que utilizou elementos da cultura potiguar. O brasão, que ocupa a parte central da bandeira, foi criado em 1º de julho de 1909.

 



Rio Grande do Sul

A bandeira do Rio Grande do Sul, desenhada em 1835, passou a ser usada pelos rebeldes durante a Guerra dos Farrapos, a partir de 11 de setembro de 1836. O verde representa os pampas gaúchos; o amarelo, as riquezas naturais; e o vermelho, o entusiasmo e a coragem do povo. A autoria da bandeira é atribuída a Bernardo Pires, embora alguns historiadores apontem que ele passou para o papel a idéia de José Mariano de Matos.
Terminada a revolução, ela só voltaria a ser usada como símbolo do Estado em 1889. O brasão de armas entrou na bandeira dois anos depois. A bandeira foi oficializada em 5 de janeiro de 1966.

Rondônia


Houve um concurso para a escolha da bandeira de Rondônia. O ganhador foi o arquiteto Sílvio Carvajal Feitosa, e a bandeira foi adotada em 22 de dezembro de 1981. Segundo Sílvio, a estrela simboliza o novo Estado brilhando no céu da União (representado pela cor azul). O verde e o amarelo mostram as potencialidades vegetal e mineral de Rondônia.

 


Roraima

A bandeira foi desenhada por Mário Barreto. São três faixas transversais nas cores azul (representando o céu), branca (paz) e verde (densidade das florestas). Traz, no centro, uma estrela amarelo-ouro (riquezas minerais). A faixa vermelha simboliza a Linha do Equador.

 




Santa Catarina

Em 15 de agosto de 1895, Santa Catarina ganhou uma bandeira desenhada por José Artur Boiteux. Tinha faixas vermelhas e brancas, em número igual ao de comarcas do Estado. Dentro do losango verde, estrelas amarelas representavam os municípios. Quando foi regulamentada, em 29 de outubro de 1953, ela sofreu alterações. As faixas passaram a ser apenas três — as das extremidades, vermelhas; e a do centro, branca. O losango verde (vegetação), que fica no centro, traz um brasão cheio de simbolismos. A estrela representa a integração dos municípios; a águia, as forças produtoras; a chave, sua posição estratégica na região sul; a âncora, o mar que banha Santa Catarina; e a data, 17 de novembro de 1889, a adoção do sistema republicano no Estado. Mostrando a lavoura da serra e a lavoura do litoral, existem ainda ramos de trigo (lado direito) e de café (lado esquerdo), ligados por um laço, onde se lê: “Estado de Santa Catharina”. No alto, o barrete vermelho é o símbolo da República.

São Paulo


Em 16 de julho de 1888, o jornal O Rebate, fundado e dirigido por Júlio Ribeiro, criou uma bandeira para a causa republicana. Eram quinze faixas, oito pretas e sete brancas, alternadamente. Na parte superior, à esquerda, havia um retângulo vermelho, representando a fusão racial do País. Em 1932, a idéia de Júlio foi adotada pelo Estado de São Paulo, com duas pequenas alterações. O número de faixas diminuiu para treze, e o retângulo vermelho recebeu o mapa do Brasil e quatro estrelas representando o Cruzeiro do Sul.

 

Sergipe

No fim do século XIX, o negociante e industrial José Rodrigues Coelho fundou a Companhia de Navegação Sergipana para promover o intercâmbio comercial entre os quatro portos situados no Rio Sergipe (Aracaju, Laranjeiras, Riachuelo e Maruim). Coelho desenhou para as suas embarcações uma bandeira com quatro faixas, nas cores verde e amarela, alternadamente, e quatro estrelas num retângulo azul. Ela passou a ser conhecida como a bandeira de Sergipe, mas só seria regulamentada em 19 de outubro de 1920, aproveitando as comemorações do primeiro centenário de emancipação política do Estado. Uma quinta estrela foi acrescentada no retângulo, e as estrelas passaram a representar os principais rios do Estado (Aracaju, São Francisco, Real, Vaza-Barris e Japaratuba).
Em 1951, a bandeira sergipana sofreu uma pequena alteração. O retângulo passou a ter 42 estrelas, representando todos os municípios. No ano seguinte, ela voltou a ter apenas cinco estrelas.

Tocantins


Sobre uma barra branca, que representa a paz, há um sol amarelo-ouro com oito pontas maiores e dezesseis menores, iluminando, com seus raios, o novo Estado. O sol aparece entre os campos azul e amarelo, cores que simbolizam as águas e o solo tocantinense.







 Fonte: Construir Notícias